12 novembro 2012

Servo de Deus Dom Antônio de Almeida Lustosa


Conforme anunciado anteriormente, todo o mês publicaremos a vida de Servo de Deus, em vista do Ano da Fé. Este mês o seminarista Deivide escreveu sobre sobre o Servo de Deus Antônio de Almeida Lustosa.
 
 


 
O Servo de Deus Antônio de Almeida Lustosa nasceu na cidade de São João Del Rei, em Minas Gerais, no dia 11 de fevereiro de 1886. De seus pais que eram  cristãos exemplares, recebeu Antonio Lustosa uma boa formação humana e cristã. Menino inteligente e de boa índole, logo se revelou educado e possuidor de visíveis sinais de vocação para o sacerdócio. Ingressou na Congregação Salesiana, tornando-se religioso em 28 de janeiro de 1906. Ordenado sacerdote no dia 28 de janeiro de 1911 e após ocupar vários cargos na Congregação, foi nomeado Bispo, sendo ordenado para a Sagrada ordem do Episcopado no dia 11 de fevereiro de 1925. Assumiu como lema “Sub umbra alarum tuarum” (Sob a sombra de tuas asas), seu brasão traz em uma bela harmonia o Sagrado Coração, a Basílica de São Pedro e sob a proteção de um par de asas o Rio Amazonas e a Ilha de Marajó.
Recebe de SS. Papa Pio XI o título de Arcebispo de Belém do Pará no ano de 1931, durante o exercício do arcebispado desbravou todo o território da Igreja confiada ao seu pastoreio e em 1941 é transferido por SS. Papa Pio XII para a Arquidiocese de Fortaleza. Sua última atividade como arcebispo de Belém do Pará é a dedicação da Basílica de Nossa Senhora de Nazaré (cf. Círio de Nazaré).
Dom Antônio participou da criação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), fundou uma congregação religiosa feminina e participou da fase ante-preparatória do Concílio Vaticano II. Faleceu no dia 14 de agosto de 1974 como arcebispo emérito de Fortaleza (onde repousam seus restos mortais) na casa da Congregação Salesiana em Carpina – Pernambuco. O processo canônico foi aberto em 1993. Um dos companheiros de seminário assim o descreveu: “Antônio era um verdadeiro santo, a alma dominava o corpo o qual sempre obedecia, o compromisso com a perfeição lhe dava uma característica ascética, o constante sorriso e a serenidade do olhar mostravam que era rico nas qualidades salesianas.” Tornou-se conhecido nas cidades de Lavrinhas, Queluz e Campo Belo (SP) pelas animadas partidas de futebol que conduzia nas tardes de Domingo.
Exerceu o ministério de bispo em quatro dioceses: Em Uberaba, no estado de Minas Gerais, durante quatro anos (1925-1928); Em Corumbá, no estado de Mato Grosso do Sul, por dois anos (1928-1931); Em Belém, no Estado do Pará, trabalhou ao longo de 10 anos(1931-1941).  À Arquidiocese de Fortaleza, porém, como arcebispo, dedicou ele 22 preciosos anos de sua vida de pastor amigo e bispo santo, no meio do seu povo sofrido (1941-1963).
Plenamente identificado, viveu intensamente a sorte do povo cearense, chegando a pedir esmola em favor do povo torturado pelo flagelo da seca. Assim como o povo hebreu no deserto, dizia ele: “... também nossos pobres flagelados, ora sob a nuvem luminosa de uma esperança ilusória, ora sob a nuvem sombria de uma decepção dolorosa” (Terra Martirizada, p. 44). No intuito de ajudar os seminaristas e socorrer os pobres, escreveu numerosos livros. Homem verdadeiramente de Deus, sempre preocupado com o bem-estar das pessoas, ele foi o pai e o amigo dos pobres, testemunhando sua caridade com gestos muitos e concretos.
Terminado o tempo de Arcebispo em Fortaleza, humilde e obediente, recolheu-se na Casa Salesiana de Carpina, em Pernambuco. Aí entre os seminaristas, como confessor, viveu santamente seus últimos anos de vida, entre o trabalho, o sofrimento e a oração, vindo a falecer no dia 14 de agosto de 1974.
A Arquidiocese de Fortaleza, tendo à frente o Sr. Arcebispo, Dom José Antônio, já abriu e encerrou o processo local de beatificação e canonização, remetendo-o a Roma onde se encontra atualmente. Resta: Rezar, divulgar sua vida, sua missão e aguardar que se cumpra nele a vontade expressa de Deus: “Sede santos porque eu sou santo” (Pr 1, 16). Servo de Deus desde 2001, Dom Lustosa teve uma vida de caridade e entrega à obra de Jesus.
Algumas máximas de Dom Antônio de Almeida Lustosa:
 “Abre teus olhos à luz da fé, para saberes apoiar o dom de Deus”.
“Não é só de pão, mas é também de pão que vive o homem”.
“Na hora da provação apura-se-nos o sentimento da gratidão. E urge conosco o dever de significar aos que nos estendem a mão quanto nos penhorou o conforto quem, na hora amarga, nos dispensaram”.
 
Fontes: Blog Dom Antônio de Almeida Lustosa. Disponível em: <http://goo.gl/uIypk>. Acesso em 20 de novembro de 2012.
Blog Veritatis. Disponível em: <http://goo.gl/izxub>. Acesso em 20 de novembro de 2012.
 Outros sites sobre Dom Antônio de Almeida Lustosa:

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