07 maio 2013

Mons. Valentim Loch



Valentim Loch nascido em São Ludgero, no dia 10 de outubro de 1921, ainda na infância perdeu o pai, Joaquim Loch. Ingressando no Seminário de Azambuja em 1933, lá teve o apoio do tio Pe. Bernardo Peters. Sem outros filhos, a mãe Clara PetersLoch foi residir no Asilo de Azambuja, com seu trabalho custeando os estudos do filho. Entre 1939-1945 estudou Filosofia e Teologia com os Jesuítas de São Leopoldo, RS e foi ordenado presbítero no Santuário de Azambuja em 8 de dezembro de 1945.           
Dedicou 45 anos de seu ministério à formação presbiteral. Em 1946 foi nomeado professor e prefeito de disciplina em Azambuja; em 1950, professor e diretor espiritual; em 1959, quarto reitor do Seminário, com a eleição de Mons. Afonso Niehues a bispo coadjutor de Lages. Continuando a obra do antecessor, levou a instituição a seu mais brilhante período de formação intelectual.
Em 1970, Pe. Valentim foi para Florianópolis, com a missão de Vigário Geral (1970-1986) e Coordenador de Pastoral (1970-1977). Não tinha sido pároco, mas seu trabalho silencioso, organizado, unido ao respeito que despertava no Presbitério facilitaram-lhe a missão acrescida, em 1971: primeiro Diretor da Escola Diaconal São Francisco de Assis, ocasião em que fez crescer em profundidade e número o diaconato permanente.
De 1978 a 1982 foi Subsecretário do Regional Sul-IV da CNBB, enfrentando as inúmeras reuniões e viagens pelo território catarinense. Teve ocasião de praticar experiências pastorais assumindo por três anos a Paróquia de Nossa Senhora da Glória, no Balneário do Estreito (1984-1986).
Aos 66 anos de idade, em 1987 iniciou um novo período ministerial, novamente no Seminário de Azambuja. Foi professor e Assistente dos Estudantes de Filosofia. A partir de 1991 acumulou as funções de professor, Vice-Reitor, Vigário Geral para a região norte e Defensor do Vínculo do Tribunal Eclesiástico de SC.
Em 2004 o mal de Alzheimer começou a dar sinais. No ano seguinte já era perceptível o estrago físico operado pela doença: atacou a Pe. Valentim naquilo que tinha de mais precioso: a memória, a inteligência. Foi com tristeza que em 2006 se percebia seu alheamento da realidade. Sempre compassivo com os sofredores, encontrou a mesma compaixão na equipe do Seminário. E Deus foi muito bondoso, chamando-o a si em 2 de junho de 2006, primeira sexta-feira do mês. Nesta noite o sino do Santuário Nossa Senhora de Azambuja badalou em tom fúnebre; Partia para a eternidade, Monsenhor Valentim Loch, o presbítero que mais tempo trabalhou em Azambuja.
No dia seguinte, véspera de Pentecostes, acompanhado de muitos presbíteros e diáconos e de emocionado povo, seu corpo foi depositado ao lado do túmulo de sua mãe, no Jardim da Paz em Azambuja.
Presidindo a Liturgia exequial no Santuário, no momento da homilia, Dom Murilo Krieger, então arcebispo metropolitano de Florianópolis, acentuou dois aspectos da vida de Pe. Valentim: dele, tudo o que se dissesse seria pouco, e tudo também excessivo. Pe. Valentim era tão discreto, nobre, claro, sucinto, que qualquer ponto a mais ou a menos desequilibraria a narração de sua vida, tecida no equilíbrio que a fidelidade amadurecida produz num ideal. Em segundo lugar, a vida de Pe. Valentim foi uma busca contínua e consciente da santidade: desde os tempos de seminário queria ser santo, confidenciou aos estudantes do ITESC por ocasião de seu áureo jubileu presbiteral em 1995.

Dyego Delfino
Seminarista do 2º ano de Teologia

Fontes:
- www.conhecendoazambuja.blogspot.com.br
- www.pebesen.worpree.com 
- www.pnsg.org.br


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